Quem já passou por uma crise de ansiedade ou ataque de pânico com certeza sabe o quanto é difícil vivenciar sintomas como: falta de ar; tremores; inquietação; palpitação; tontura e, entre muitos outros sintomas, a terrível sensação de que vai perder o controle; “enlouquecer”; ou que algo terrível pode lhe ocorrer.
Em geral a pessoa numa crise ansiosa acaba sendo encaminhada para o serviço de urgência médica convencional onde são medicadas para supressão dos sintomas, porém saem deste atendimento ainda sem uma resposta do que lhe ocorreu, qual o motivo desta crise, como se ver livre desta situação.
Um agravante num ataque de pânico é que, muitas vezes, a pessoa pode se sentir completamente incompreendida pois, para quem está fora da situação nada está ocorrendo, não há motivo para tais sintomas. Isto leva a pessoa que está em crise a uma experiência de desamparo, muitas vezes sendo alvo da dúvida e do descrédito de quem está à sua volta como familiares, amigos ou profissionais de saúde que não estão habituados com o cuidado da saúde mental.
É muito mais fácil explicar e conseguir ajuda quando você cai e se machuca, por exemplo. Explicar algo que você mesmo não compreende, algo que você não sabe onde está localizado, o que é ou porque está sentindo é, para a maioria das pessoas, algo impossível.
Quando a ansiedade se torna um problema
A ansiedade tem a função positiva de colocar o nosso corpo em estado de alerta para enfrentar ou fugir de uma situação ameaçadora, de certa forma a ansiedade garantiu a sobrevivência dos nossos antepassados mais antigos, os “homens da caverna”, que viviam num ambiente extremamente hostil e precisavam se proteger de seus predadores.
A ansiedade como um mecanismo de defesa ainda é importante no mundo atual, não temos mais que fugir dos predadores, mas ainda existem situações de perigo ou ameaça em que precisamos estar preparados para enfrentar ou fugir. A ansiedade se torna um problema quando a associação de múltiplos fatores, externos (ambiente) e internos (história de vida), gera um desequilíbrio que leva o organismo (corpo e mente) a se manter constantemente num estado de alerta.
Este estado constante de ansiedade, quando não observado e tratado de forma correta, pode se agravar se tornando um Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e levar a pessoa a ter crises de pânico.
Como superar a ansiedade
O autoconhecimento, sem dúvida, é o melhor caminho para aprender a lidar com as situações que lhe causam ansiedade e para buscar recursos pessoais para superar as situações de crise.
Na psicoterapia temos a possibilidade de conhecer e compreender os fatores, externos e internos, que disparam a ansiedade ou crise de pânico. A terapia também favorece que possamos desconstruir e ressignificar ideias cristalizadas em nós, que trazemos de nossa história de vida, mas que já não são úteis ou precisam ser reavaliadas para que possamos reestabelecer um estado de equilíbrio onde a ansiedade não é um problema.
Em alguns casos pode ser necessário o uso de medicações específicas para redução dos sintomas ansiosos, nestas situações a psicoterapia deverá ser realizada em conjunto com o acompanhamento psiquiátrico.
Busque ajuda o quanto antes
Se você se sente ansioso e tem experimentado um estado de alerta e agitação constante que atrapalha suas atividades diárias como sono, concentração, alimentação, trabalho e relações interpessoais busque ajuda de um psicólogo. Muitos casos chegam a situações extremas como o Transtorno de Ansiedade Generalizada ou ataques de pânico por não nos atentarmos aos primeiros sinais. Se você já vivencia a ansiedade em um nível elevado, não se culpe, sempre há tempo de buscarmos o autoconhecimento e tentar encontrar uma forma de superar a ansiedade, converse com um psicólogo.
Michael Crepalde – Psicólogo
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